quarta-feira, 12 de novembro de 2014

LEMBRAI-VOS DE LÓ!




Conhecemos a história de Ló (Gn 13), sobrinho de Abrão, mas principalmente o que Jesus disse acerca de sua esposa: “lembrai-vos da mulher de Ló” (Lc 17.32). O Senhor destacou a mulher pelo seu comportamento, e de fato é digna de observação de todos nós, mas a Palavra de Deus também ensina muito acerca de Ló.

Em Gênesis 13 vemos a história que conta a separação de Abrão e Ló. Os pastores dos dois disputavam entre si, pois era grande o rebanho de ambos e a terra em que estavam juntos não os suportava. Assim, Abrão buscou resolver a questão amigavelmente, dizendo que Ló escolhesse a parte da terra para a qual queria ir e o patriarca iria em direção contrária, acabando assim com a contenda entre os servos de ambos.

“Levantou Ló os olhos e viu toda a campina do Jordão, que era toda bem regada (antes de haver o Senhor destruído Sodoma e Gomorra), como o jardim do Senhor, como a terra do Egito, como quem vai para Zoar” (Gn 13.10). Aqui, parece que podemos imaginar a face de Ló ao contemplar o cenário maravilho da natureza bela do Criador e, movido pelo que viu, não teve dúvidas: “Então Ló escolheu para si toda a campina do Jordão e partiu par ao Oriente...” (v. 11).

Os versículos seguintes são assustadores, pois falam com mais clareza do local em que Ló escolheu acampar; descrevem os versos 12 e 13 a cidade até onde estendeu Ló sua morada e como eram tais moradores aos olhos de Deus. Observe: “Habitou Abrão na terra de Canaã; e Ló, nas cidades da campina e ia armando as suas tendas até Sodoma. Ora, os homens de Sodoma eram maus e grandes pecadores contra o Senhor

Como alguém decide fixar sua morada no meio de homens assim? Como um pai escolhe esse meio para criar seus filhos e conviver com sua família? Seriam as campinas do Jordão tão atraentes que Ló não viu nada além delas? Ou não considerava o sobrinho de Abrão que o local de sua morada ia além de bom pasto para seu rebanho?

Podemos aplicar o exemplo de Ló aos nossos dias? Sim, é a resposta. Estamos inseridos em um sistema que tem seus fundamentos em uma visão de mundo que excluiu Deus e os valores divinos. Os ímpios deste século, assim como os “vizinhos de Ló”, são maus e grandes pecadores contra o Senhor. Dentre tantas coisas, hoje querem esvaziar a noção de certo e errado, alegando que cada um faz o que bem entende de sua vida. Relativizam tudo dizendo: “é verdade pra você, mas não para mim.”

Os cristão estão aptos para viver em um mundo assim? Devemos responder. Parece-nos que Ló não estava preparado, pois não notou a podridão do lugar em que habitava. 

O sobrinho de Abrão podia levar sua casa para outro lugar, fisicamente falando; nós, por outro lado, somos convidados a manter nossa mente, nossa vida longe do sistema mundano, mas para isso precisamos discernir o que é o sistema dominado pelo inimigo, para tanto precisamos manter uma reflexão constante da Palavra de Deus, examinando-a sob oração. Precisamos analisar cada movimento à nossa volta, os valores apoiados pela mídia e promovidos via internet, TV e outros, caso contrário, poderemos cair diante do sistema que consumiu a moral de Ló e sua casa.

Sem o padrão bíblico poderemos cair no erro de não discernir que tipo de comportamento cultural ou de nossa parte ultrapassam o limite do comportamento do cristão, o que pode implicar em afastá-lo da fé, separando-o do Corpo de Cristo.

Ao final do relato de Gênesis, temos um catastrófico resultado na vida de Ló: perde tudo que tem, a esposa e, com as duas filhas e “as roupas do corpo” é tirado da cidade; suas filhas, que certamente não discerniam mais se o comportamento sodomita era errado ou não, embebedam o pai e, deitam-se com ele, cometendo incesto.

Eis a recompensa de um homem que não teve entendimento do ambiente em que armava suas tendas e não atentou para o perigo de habitar no meu de um povo mau aos olhos de Deus e grandes pecadores.
E nós, em que lugar fixamos nossas raízes? Que influencia o sistema à nossa volta exerce em nós, nossos filhos, nossa igreja, nossa visão de mundo?

“E não vos conformeis com este século, mas transformai-vos pela renovação da vossa mente...” Rm 12.2a

“... antes, santificai a Cristo, como Senhor, em vosso coração, estando sempre preparados para responder a todo aquele que vos pedir razão da esperança que há em vós” 1 Pe 3.15.

Lembrai-vos de Ló!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

OBRIGATORIEDADE DE PASTORES CELEBRAREM CASAMENTO GAY

Segundo postagem no site cpadnews, em certa localidade nos Estados Unidos os ministros religiosos agora são obrigados a realizar casamento de pessoas do mesmo sexo.

Os Estados Unidos da América têm uma das Constituições mais antigas e sintéticas comparada à maioria dos países, sendo que as três mais importantes características das Constituições são cuidar da estrutura do Estado, a organização dos poderes e elencar direitos fundamentais.

Ora, dentre os direitos fundamentais amplamente discutidos hoje na era do Estado Democrático de Direito está o direito à liberdade religiosa.

Vejamos o que diz a Convenção Americana de Direitos Humanos (Pacto de São José da Costa Rica), que está me vigor nos EUA desde 1978, acerca do tema:
Artigo 12 - Liberdade de consciência e de religião

1. Toda pessoa tem direito à liberdade de consciência e de religião. Esse direito implica a liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças, bem como a liberdade de professar e divulgar sua religião ou suas crenças, individual ou coletivamente, tanto em público como em privado.
2. Ninguém pode ser submetido a medidas restritivas que possam limitar sua liberdade de conservar sua religião ou suas crenças, ou de mudar de religião ou de crenças.
3. A liberdade de manifestar a própria religião e as próprias crenças está sujeita apenas às limitações previstas em lei e que se façam necessárias para proteger a segurança, a ordem, a saúde ou a moral públicas ou os direitos e as liberdades das demais pessoas.

4. Os pais e, quando for o caso, os tutores, têm direito a que seus filhos e pupilos recebam a educação religiosa e moral que esteja de acordo com suas próprias convicções.

O dispositivo internacional é claro em assegurar a liberdade de crença, de fé e de manifestá-la se não incorrer nas limitações do item 3.

Obrigar ministros religiosos que não concordam a casarem pessoas do mesmo sexo é infringir o Pacto, é limitar a liberdade religiosa consagrada no texto, mas em parte dos EUA parece não ser assim que enxergam a questão.

No Brasil, por outro lado, os ministros religiosos não estão sofrendo hoje tal agressão aos seus direitos. Nosso país aderiu ao Pacto mencionado acima, que ingressou no ordenamento jurídico pátrio como norma supralegal, ou seja, acima das leis e abaixo da Constituição. Mas além desta previsão ainda há o disposto no art. 5º da Constituição brasileira de 1988:

IV - é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato;
VI - é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias; 
VIII - ninguém será privado de direitos por motivo de crença religiosa ou de convicção filosófica ou política, salvo se as invocar para eximir-se de obrigação legal a todos imposta e recusar-se a cumprir prestação alternativa, fixada em lei; 

Conforme inciso VIII "ninguém poderá ser privado de direitos por motivo de crença religiosa..."; este dispositivo seria desrespeitado se uma lei tivesse por objetivo constranger um ministro religioso agir nos moldes impostos aos americanos citados anteriormente, pois poderia ocorrer de ter o direito de liberdade restringido ao ser obrigado a tomar uma atitude imposta por lei e que contraria sua convicção religiosa, ou ainda ser preso, talvez, se viesse a desrespeitar a possível lei.

No Brasil há proteção na Constituição, tanto como no Pacto ao qual aderiu o país, aos que querem professar sua fé, manifestando suas convicções e não podem ser obrigados a tomarem determinada atitude, celebrar um casamento de pessoas do mesmo sexo por exemplo, se isso fere suas convicções religiosas.

É possível a edição de uma lei semelhante à americana no Brasil?

Hipoteticamente sim, mas somente em âmbito nacional, pois acerca de matéria penal somente a União através do Congresso Nacional (Senadores e Deputados Federais) pode editar possível lei. Contudo, não é exagero ficar de olho na questão, pois certamente os militantes da causa gay estão de olho no que aconteceu no caso americano.

Sem dúvida uma lei assim no Brasil seria amplamente questionado por ser flagrantemente inconstitucional.

Por enquanto, estamos amparados legalmente para expressar nossa convicção religiosa acerca desta matéria e de todas as outras que desejarmos manifestar nosso posicionamento. No entanto, deve ser observado que isso não inclui proteção aos crimes contra a honra; podemos manifestar nosso pensamento sem cometer crimes, ou seja, de forma respeitosa, mas convicta e firme. Ainda assim, se em um caso real houver reação por parte de alguém que quiser limitar nosso direito as autoridades públicas devem agir com base no texto constitucional e também considerar a norma supralegal.



quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

ANIVERSÁRIO DE UM MILAGRE

Há três anos, em 13 de Janeiro de 2011, eu e minha esposa estávamos pela manhã em um hospital da cidade para ela dar à luz nossa segunda filha.

A Sarah nasceu duas semanas antes do previsto em razão de um pequeno problema ao final da gestação.

Como no primeiro parto, tudo correu bem e dentro de pouco tempo depois de ter entrado na sala de cirurgia estávamos no quarto com o bebê.

Como em todo acontecimento dessa natureza, depois de alguns minutos no quarto com a mãe e a criancinha o pai tem que sair para resolver algo, comprar algum remédio etc., e assim foi.

Passado algum tempo voltei. Tal foi a surpresa quando entrei no quarto do hospital e a criança não estava lá; minha esposa chorava e veio a explicar: a Sarah mamou e depois engasgou, não conseguiu engolir e ficamos desesperadas, gritamos a enfermeira e levaram ela para a UTI.

Talvez eu não nunca tenha ficado mais abatido do que naquele momento, e passava o tempo e não tínhamos notícias.
Andando pelo corredor do hospital, senti claramente o Senhor a me lembrar: “Eu que dou a vida; Eu que posso tirar”. Daquele momento em diante eu tinha plena convicção que se Deus quisesse tomá-la nada poderíamos fazer, mas se quisesse que ela vivesse nada poderia tirar a pequenina de nós.

Voltei então para o quarto.

Depois de algum tempo veio o pediatra trazendo em uma das mãos, como um troféu aquele bebê com a barriguinha para baixo; o médico perguntou (em tom de brincadeira): e isso que vocês estavam esperando? Em lugar da resposta sorrimos, nos alegramos.
Recebemos uma explicação do que poderia ter acontecido e ficamos ali aquela noite, contudo, não pregamos os olhos, revezamos à noite toda vigiando a criança que dormia.

No dia seguinte fomos embora: eu, minha esposa, a criança e o medo de alguma coisa acontecer. O medo não afastou nada e nos próximos meses vivemos um período de muito susto, tensão, incerteza.

Em casa a crise foi repetida, era a criança mamar que engasgava e tinha dificuldades para “voltar”. Depois, indo ao médico, descobrimos que sofria de refluxo.

Daí em diante parece que vivíamos em tensão o dia todo, em cada mamada a expectativa de ver a criança dar a crise e  não conseguir respirar; às vezes com tapinhas nas costas ela voltava rapidamente; às vezes demorava a ponta de bater desespero, gritos, choro, correria para o médico, mas a bondade de Deus já se revelava diariamente, pois sempre que acontecia estávamos com ela nos braços e nunca aconteceu com ela dormindo ou longe de alguém, o que poderia ser fatal.

Durante seis meses passamos por este problema, orando, chorando, pensando em tudo.

Voltando um pouco, foi no 15º dia do nascimento que sua irmã mais velha (a Rebeca tinha pouco mais de dois anos) chegou ao lado do berço em que a pequena dormia e começou a cantar: “parabéns pra você, nesta data querida, muitas felicidades, muitos anos de vida”. Naquele momento, a última parte da canção bateram em meus ouvidos e me fizeram despertar, então pensei no trecho novamente: “…muitas felicidades, muitos anos de vida“. Em meu coração tive a certeza de ser da parte de Deus que ela teria “muitos anos de vida” e era Deus falando através da primogênita que iria guardar a Sara, que ela não morreria. Mas ainda assim, com medo de ser algo simplesmente do meu lado paterno, guardei no coração a mensagem.

Vencidos os seis meses de tratamento tudo estava normal.

Há dois dias comemoramos o aniversário de 3 anos da Sarah. Ela está bem, aliás muito bem. Estuda, brinca, corre, canta no Harpa de Davi (conjunto infantil da igreja), recita até o Salmo 23, mas pula algumas palavras e outras não pronuncia tão bem.

A cada ano comemoramos o aniversário do nosso milagre com mais e mais gratidão, pois sabemos que cristãos também passam por momentos difíceis, duros, em que aprendemos muitas coisas; aprendemos que somos impotentes em muitas circunstâncias; que somos frágeis; que somos passageiros; mas também aprendemos que Deus está conosco, e que apesar de nossa limitação Seu cuidado dá a vida, dá alívio, dá paz.

Certamente, todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus.

Creia nEle.

UMA PASTORA NO MINISTÉRIO DA MULHER, FAMÍLIA E DIREITOS HUMANOS.

No vídeo abaixo, a nova Ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos concede entrevista ao canal CPAD. Dentre outras coisas, Damares fal...